Metalúrgicos acumulam 2,47% de perdas salariais com a inflação em cinco meses

Em cinco meses, a data-base dos trabalhadores da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) acumula 2,47% de perdas salariais com a inflação. Os dados são do Dieese e foram calculados com base no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC).

O preço dos alimentos passou de 0,95% em fevereiro para 0,50% em março. Os produtos não alimentícios foram de 0,77% para 0,09%. Na somatória dos 30 dias de março, esses produtos e serviços tiveram alta de 0,19%.

Na prática, isso significa que esses produtos e serviços ficaram mais baratos e pesam menos no bolso do consumidor. Para o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, o resultado do INPC de março é bastante positivo.

“A inflação baixa é muito importante para o país e para a sociedade. Significa que o custo de vida está mais baixo e isso beneficia o trabalhador, que tem condições de consumir mais e, consequentemente, faz a economia girar. Com a economia aquecida, mais empregos são gerados e o Brasil cresce positivamente”.

Campanha Salarial 2024

O INPC baixo reflete na data-base dos metalúrgicos. Significa que as perdas salariais com a inflação foram menores e que a redução do poder de compra do trabalhador também foi menor, como explica Erick Silva.

“Na prática, isso quer dizer que o salário do trabalhador teve uma desvalorização menor nesse período, mas continua, de todo modo, defasado. Por isso, nosso desafio é avançar para que os metalúrgicos sempre tenham o poder de comprar o que é necessário para a família sem sofrimento no final do mês”.

O secretário-geral da FEM-CUT/SP, Max Pinho, enfatiza que o trabalho da entidade é buscar a valorização da categoria. “A reposição da inflação é o mínimo que os trabalhadores merecem e só conquistada com muita organização e mobilização da categoria. Nossa luta é por aumento real nos salários porque somente dessa maneira garantimos que os metalúrgicos recebam a parte que merecem pela grande contribuição que têm para a produção e o lucro das empresas”.

O sindicalista também destaca a importância das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), que garantam direitos fundamentais para a categoria. “No ano passado, devido à intransigência das bancadas patronais, não fechamos as CCTs e agora temos o desafio de garantir essa importante proteção aos trabalhadores nas negociações deste ano.”

Ele completa que a Campanha Salarial 2024 já vem sendo organizada pela FEM-CUT/SP e pelos 13 sindicatos filiados. “Estamos prontos para buscar a valorização da categoria, seja nos salários seja nas Convenções Coletivas de Trabalho”. (Fonte: FEM/CUT-SP)

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