O Sindicato está na frente da Impacta para protestar contra a intransigência da empresa, que se recusa a negociar problemas apresentados pelos trabalhadores. “Sempre mantivemos com a empresa Impacta um relacionamento amistoso e de respeito, o que nos levou a resolver as questões pendentes por meio do diálogo. Ocorre que durante este ano a empresa resolveu mudar sua postura, mantendo um comportamento intransigente em não querer negociar com o Sindicato e, por conta disso, os direitos dos trabalhadores são constantemente ameaçados”, destacou o presidente do Sindicato, Marcão Martins.
Ele lembrou que, pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), tanto Sindicato quanto empresa, quando pautados, são obrigados a negociar. Prática que não vem ocorrendo na Impacta. “Por isso estamos aqui realizando esse protesto em frente à Impacta. E outros atos ocorrerão na fábrica, incluindo as medidas necessárias para alertar trabalhadores e sociedade do desrespeito que a empresa vem praticando aos direitos trabalhistas”, emendou.
Campanha Salarial
A data-base dos Metalúrgicos é em 1º de Setembro de cada ano, momento em que negociamos com o Sindicato Patronal que representa a Impacta (SINEEM) o índice de reajuste salarial e as Cláusulas Sociais de nossa Convenção Coletiva de Trabalho.
Este ano, dos 9 grupos patronais que negociamos, com 7 grupos as negociações se encerraram de forma pacífica na mesa de negociação, assegurando um índice de reajuste de 3,8% e a renovação da Convenção Coletiva.
Porém, pela primeira vez, não houve acordo com o SINEEM, razão pela qual se encerraram as tratativas entre o Sindicato Patronal e a nossa Federação dos Metalúrgicos da CUT. Diante disso, o Sindicato, conforme sua prerrogativa, deve negociar diretamente com as empresas em sua base territorial. “Temos constantemente solicitado da Impacta a marcação de reunião para tratar do tema. Temos informações pelos funcionários de que a empresa repassou 3,5% de reajuste, porém, assim como 99% das empresas de nossa região o fizeram, concedendo um reajuste de 3,8% a partir de 1º de Setembro, ainda faltam 0,3% e a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho para finalizarmos a questão”, comentou Marcão.
Estado de greve
A FEM/CUT-SP já protocolou junto ao SINEEM aviso de greve e que os trabalhadores se encontram juridicamente cobertos por tal garantia, servindo o presente para informá-los que seus trabalhadores se encontram em ESTADO DE GREVE. “Esperamos que a empresa tenha o bom senso de negociar com o Sindicato, de forma democrática e madura,para encontrarmos o ponto de equilíbrio”.
Outros problemas
Além da questão do reajuste salarial, ainda há outros problemas que foram levados pelos trabalhadores ao Sindicato, mas que a empresa recusa a negociar para solucionar. Os principais são em relação ao plano de saúde, saúde e segurança do trabalho, prática de assédio moral, jornada de trabalho e política de cargos e salários.
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