Cidades têm protestos contra reformas do governo Temer

Na manhã desta sexta-feira (30), cidades de 21 estados e o Distrito Federal tiveram protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer.

Foram registrados atos no DF e nos seguintes estados: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Veja a situação em cada estado:

ALAGOAS

Por volta das 6h, manifestantes fecharam os dois sentidos da Avenida Fernandes Lima, em Maceió. Também houve bloqueio na Avenida Assis Chateaubriand, no Pontal da Barra. A organização do movimento e a polícia não informaram o número de pessoas nos atos.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a BR-101 em Rio Largo, no km 75, foi bloqueada às 5h40 e liberada às 7h40.

Rodoviários paralisam as atividades entre as 8h e 12h. Servidores da Eletrobras e da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) também aderiram à paralisação.

BAHIA

Rodoviários pararam os ônibus em fila na Avenida ACM (região do Iguatemi), no sentido Paralela, em Salvador, por volta das 6h30. Um grupo de manifestantes fechou todas as vias da região. Em outros locais da cidade, os ônibus circulam normalmente. O ato foi organizado por centrais sindicais e movimentos sociais.

A estação de trens do Subúrbio de Salvador não abriu nesta sexta-feira e não há circulação dos veículos ferroviários. Mas o sistema de metrôs opera normalmente.

Na região metropolitana, manifestantes bloquearam o cruzamento da região de Mataripe, em Madre de Deus, por volta das 5h.

CEARÁ

Protestos fecharam vias de Fortaleza nesta manhã. Houve congestionamentos nas Avenidas 13 de Maio, da Universidade, Visconde do Rio Branco, Imperador e Domingos Olímpio em Fortaleza. Servidores do Sindicato de Trabalhadores Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro) pararam cerca de 15 ônibus e esvaziaram os pneus dos coletivos.

Bancários aderiram à paralisação. A concentração dos grevistas acontece a partir das 9h, na Praça da Bandeira, no Centro de Fortaleza.

DISTRITO FEDERAL

O Distrito Federal amanheceu com estações do metrô fechadas. Os ônibus de todas as empresas também permaneceram nas garagens, apesar da determinação da Justiça para manter 50% do serviço.

Na BR-020, próximo ao Setor Mestre D’Armas, em Planaltina, manifestantes colocaram fogo em pneus por volta das 6h30. Nas rodovias do DF, as faixas exclusivas foram liberadas mesmo em horário de pico.

Bancários, professores e servidores da Universidade de Brasília aderiram à paralisação.

ESPÍRITO SANTO

Manifestantes bloquearam uma via em frente à Rodoviária de Vitória, e houve confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral. O grupo seguiu em passeata pela cidade, até a região do aeroporto.

Ônibus circulam normalmente na Grande Vitória. No campus Goiabeiras da Ufes, estudantes, docentes e técnicos-administrativos bloqueiam as entradas de carros. Portões trancados impediam a entrada de alunos.

GOIÁS

Manifestantes bloquearam a saída de ônibus de uma garagem em Goiânia durante a madrugada e o início da manhã, prejudicando a circulação. Devido aos protestos previstos para o Centro da capital goiana, algumas rotas foram alteradas, e nenhuma linha está atendendo a região.

MINAS GERAIS

Protestos interrompem funcionamento do metrô e bloqueiam avenidas na Grande Belo Horizonte. O sindicato dos metroviários informou que o metrô fica parado da 0h às 11h59. Os ônibus estão funcionando normalmente.

Manifestantes colocaram fogo em pneus na Avenida Cristiano Machado, no bairro Palmares, na Região Nordeste de Belo Horizonte. O protesto foi no sentido Centro. A via foi liberada às 8h. A Avenida Padre Pedro Pinto, em frente à Estação Venda Nova, chegou a ser interditada, mas foi liberada às 7h30.

Em Contagem, na Grande BH, manifestantes bloquearam a Avenida Cardeal Eugênio Pacelli, no bairro Cidade Industrial. Na mesma cidade, outro grupo de manifestantes causava congestionamento no tráfego na Rodovia Fernão Dias, no sentido BH.

PARÁ

Rodoviários paralisaram as atividades e faziam protestos desde a madrugada na região metropolitana de Belém. O sindicato promete impedir a saída de veículos – afetando o transporte de cerca de 1 milhão de pessoas. Vans fazem o transporte alternativo cobrando preços mais altos.

PARAÍBA

Protestos contra o presidente Michel Temer fecharam ruas, rodovias e o Terminal de Integração nas primeiras horas desta sexta-feira em João Pessoa. Após liberar o terminal de ônibus do Varadouro, os manifestantes ocuparam o entorno do Parque da Lagoa, no Centro, e inteditaram o trânsito no local. Segundo organização do protesto, cerca de 300 pessoas participam da manifestação. A PM não divulgou estimativa.

A rodovia BR-101, no trecho no km 123, próximo a João Pessoa, foi interditada às 8h, segundo Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em Campina Grande, manifestantes interromperam a saída dos ônibus da garagem da maior empresa de transporte coletivo da cidade. O Terminal de Integração, contudo, estava funcionando normalmente até as 7h desta sexta-feira.

PARANÁ

Sindicalistas e trabalhadores fazem protestos em Curitiba e algumas cidades do interior do Paraná. Metalúrgicos protestaram durante a manhã por cerca de duas horas. Funcionários da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) também se manifestaram em frente à empresa e seguiram em direção à BR-476. O trecho está totalmente interditado, nos dois sentidos, desde as 8h40. Na capital, os ônibus do transporte coletivo funcionam normalmente desde o início da manhã.

Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, os ônibus do transporte coletivo foram impedidos de sair das garagens no início da manhã. Às 7h, os veículos começaram a sair das garagens.

Em Londrina, na região norte, os acessos ao Terminal Central foram bloqueados por volta das 6h, e os ônibus estão sendo liberados aos poucos.

PERNAMBUCO

Rodovias federais foram bloqueadas no estado durante a manhã. Na região metropolitana do Recife, as BRs 101 Norte e Sul foram afetadas por manifestações, assim como a BR-232, em Bonança, a BR-428, em Paudalho, e a BR-428, em Petrolina.

Na área central da capital, houve bloqueios em avenidas – um grupo de manifestantes ateou fogo na pista da Avenida Cruz Cabugá. O Metrô funciona em esquema especial. Os ônibus não pararam, mas o serviço do BRT do Corredor Norte-Sul foi paralisado para evitar que os passageiros ficassem presos nas estações pelos protestos.

No Agreste pernambucano, manifestantes do MST fecharam um trecho da BR-232 em São Caetano. Eles colocaram fogo em pneus dos dois lados da pista.

PIAUÍ

Motoristas e cobradores do transporte público de Teresina paralisaram atividades às 6h e bloquearam as principais vias no Centro da cidade. A categoria e Polícia Militar ainda não informaram o número de participantes no ato. Durante o movimento, apenas 30% da frota será mantida, e a maioria dos veículos só volta a circular por volta das 12h.

RIO DE JANEIRO

Protestos em vias importantes dificultavam a circulação no Rio de Janeiro nesta manhã. A cidade entrou em estágio de atenção por causa dos protestos e do trânsito acima do previsto.

Manifestantes fecharam a Linha Vermelha, a saída para a Avenida Brasil da Ponte Rio-Niterói, a própria Avenida Brasil e o acesso ao aeroporto do Galeão. Houve uma manifestação no saguão do aeroporto Santos Dumont.

Metrô, trem, VLT, BRT e ônibus funcionavam normalmente pela manhã. Segundo as operadoras, eles foram reforçados para absorver o aumento da demanda devido aos bloqueios em grandes vias. A Prefeitura recomenda que a população utilize o transporte público para circular.

No interior do estado, um protesto fechou a BR-356 em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Cerca de 60 pessoas participaram do ato.

RIO GRANDE DO NORTE

Natal amanheceu sem ônibus nesta sexta. Apesar de o Tribunal Regional do Trabalho do RN ter determinado que pelo menos 70% da frota fossem colocados em circulação, os veículos não deixaram as garagens. Foram registrados bloqueios em cinco municípios: Natal, Ceará-Mirim, Maxaranguape, João Câmara e Mossoró.

Professores de escolas municipais de Natal, bancários, policiais civis e trabalhadores da saúde aderiram à paralisação.

RIO GRANDE DO SUL

Protestos bloquearam garagens de ônibus e rodovias pelo Rio Grande do Sul. Por volta das 6h45, a saída das garagens de todas as linhas de Porto Alegre foram liberadas, conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Sete ônibus foram apedrejados pela manhã.

Também há interrupção no trânsito de ruas e avenidas de Porto Alegre. O serviço de trens entre Porto Alegre e Novo Hamburgo foi interrompido na madrugada, mas retomado por volta das 6h30, com passe livre.

Em Sarandi, no Norte do estado, manifestantes queimaram pneus na altura do km 144 da BR-386, o que provocou uma interdição parcial.

Professores de escolas estaduais e municipais, bancários e parte dos serviçores da Justiça aderiram à paralisação.

SANTA CATARINA

Pelo menos três rodovias registram bloqueios no início da manhã no estado. Na Grande Florianópolis, os ônibus pararam de circular às 8h e só devem voltar às 11h. À tarde também está prevista outra paralisação de duas horas.

Na BR-282, houve confronto entre a polícia e manifestantes. Bombas de efeito moral foram jogadas para tentar liberar o trânsito. Duas pessoas ficaram feridas, segundo os participantes. Após ação da PM, por volta de 6h50, o grupo se dispersou, e a rodovia foi liberada. Os manifestantes afirmam que o ato teve aproximadamente 200 manifestantes. A PRF falou em 50 pessoas.

Em Navegantes, a BR-470 foi totalmente bloqueada no km 08 por uma hora e meia, desde as 5h30. Cerca de 200 pessoas estavam na rodovia, segundo a PRF, e aproximadamente 400, segundo os manifestantes. Por volta das 7h, outro grupo bloqueou o km 110 no sentido Norte da BR-101. A PRF disse que a rodovia foi liberada às 8h.

Em Chapecó, os ônibus das primeiras horas da manhã não foram até o terminal urbano. Em Araranguá, no Sul, trabalhadores fazem uma caminhada pelas ruas da cidade com cerca de 1 mil pessoas, de acordo com organizadores. A PM não fez estimativa.

SÃO PAULO

O transporte público funcionava normalmente na Grande São Paulo, mas manifestantes interditaram vias e rodovias da região desde cedo – Anchieta e Régis Bittencourt foram afetadas. Acessos aos aeroportos de Congonhas, na Zona Sul, e de Cumbica, em Guarulhos, foram bloqueados, e manifestantes chegaram a entrar no saguão de Congonhas.

No Centro da capital paulista, houve bloqueio na Avenida São João e a Polícia Militar jogou bombas de gás contra os manifestantes.

Interior de SP

Na Baixada Santista, sindicalistas e trabalhadores fizeram protestos e bloquearam vias de Santos e São Vicente. Além da paralisação das centrais sindicais, trabalhadores do Porto de Santos iniciaram uma greve de 48 horas nesta sexta.

Na região de Campinas, houve bloqueio de vias e a Rodovia Santos Dumont (SP-075) foi interditada. Petroleiros da Replan, em Paulínia, iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta manhã.

Centrais sindicais também fecharam uma avenida e uma rodovia em Jundiaí. Em Sorocaba, transportes urbano, intermunicipal, rodoviário e de fretamento estavam 100% parados.

Em Itapetininga, serviços de transporte urbano, intermunicipal, rodoviário, de fretamento e de cargas também pararam, afetando cidades da região.

Em Limeira, a paralisação do transporte público afetava cerca de 50% da frota.

No Vale do Paraíba, manifestantes bloquearam a Rodovia Presidente Dutra e a entrada de fábricas na região de Pindamonhangaba. Ônibus circulam normalmente nas cidades da região.

SERGIPE

Três trechos da BR-101 foram fechados nesta manhã, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Organizadores e polícia não informaram quantas pessoas participaram dos atos.

Em Aracaju, ônibus não circulam desde as primeiras horas do dia. Houve atos na ponte do Conjunto João Alves Filho, município de Nossa Senhora do Socorro, que faz divisa com a capital e na Rodovia Marechal Rondon, em frente à garagem de uma empresa de ônibus, no município de São Cristóvão (SE).

Bancários, professores, trabalhadores da saúde e servidores da Justiça aderiram à paralisação.

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