FEM-CUT/SP realiza segunda rodada de negociação com Grupo 10

A Federação de Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo, a FEM-CUT/SP, realizou a segunda rodada de negociação com o Grupo 10, que reúne empresas inorganizadas em sindicatos da FIESP, na sede da entidade na capital paulista.

A FEM-CUT/SP fez, novamente, a defesa da cláusula de salvaguarda para a bancada patronal. Esta cláusula tem como objetivo garantir o debate sobre a Reforma Trabalhista quando as alterações propostas por ela forem regulamentadas. “A reforma gera instabilidade jurídica para ambos os lados, assumir esse compromisso, de debater os efeitos dessa reforma, é essencial, tanto para nós trabalhadores/as, quanto para os patrões”, explicou Adilson Faustino, o Carpinha, Secretário Geral na FEM-CUT/SP. Os patrões irão analisar a proposta e devem se posicionar no próximo encontro.

A bancada patronal rejeitou a reivindicação da Ultratividade, que garantia a validade da última convenção até que uma nova fosse assinada, e também a vigência por dois anos da Convenção Coletiva que está sendo construída nesta data-base. “É muito mais seguro fazer uma convenção por 2 anos nesse momento difícil, de mudanças, e fazendo possíveis ajustes de acordo com a realidade de momentos”, explicou Raimundo Oliveira, assessor jurídico da FEM-CUT/SP.

O debate sobre as reivindicações nas cláusulas pré-existentes também não obteve avanço. “Todas as cláusulas que propomos neste rol de cláusulas pré-existentes são de baixo ou nenhum impacto econômico e mesmo assim, o Grupo 10 quer manter as redações sem nenhum avanço para os trabalhadores/as”, explicou Andrea Sousa, Secretária da Mulher na FEM-CUT/SP.

Durante esta segunda rodada, a bancada patronal apresentou suas reivindicações. Entre os direitos atacados estão a solicitação de alteração da multa diária por atraso de pagamento para multa por ocorrência; alteração nas formas de contratação de mão de obra temporária; clausula do acidentado e portador de doença profissional e já se utilizando das regras estabelecidas pela reforma trabalhista, alteração na concessão de férias. “Historicamente um grupo difícil, em 2017 a postura do Grupo 10, liderado pelo departamento sindical da FIESP, não é diferente. Grupo heterogêneo, composto por 11 entidades patronais, não tem consenso sobre as reivindicações dos trabalhadores/as e estão atacando direitos básicos da classe trabalhadora, inclusive, apoiados pela reforma trabalhista que está acabando com o direito do trabalho no Brasil”, avaliou Carpinha.

Agência de notícias da FEM-CUT/SP

Foto: Marina Selerges

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