FEM-CUT/SP e sindicatos filiados registram marco na Campanha Salarial 2023

A Campanha Salarial é um importante momento para toda classe trabalhadora, assim como é para a categoria metalúrgica no Estado de São Paulo. É quando a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), junto dos 13 sindicatos filiados, defende perante as bancadas patronais as reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores da categoria e negocia propostas para os acordos.

Na pauta de reivindicação das Campanhas Salariais sempre está o pedido do reajuste salarial corrigido pelo INPC integral, mais aumento real, além da renovação, ampliação e melhorias dos direitos sociais contidos nas cláusulas das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).

São as CCTs que garantem os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores, como o seguro de vida, a segurança no local de trabalho, as horas extras, licença maternidade, auxílio creche, estabilidade pré-aposentadoria, adicional noturno, estabilidade para o acidentado, entre muitos outros que estão além da legislação.

As reivindicações apresentadas aos patrões são construídas e aprovadas antes pelas trabalhadoras e trabalhadores em assembleias nos seus respectivos sindicatos e representam o desejo de mais de 190 mil metalúrgicas e metalúrgicos em milhares de empresas no Estado, com exceção das montadoras que têm negociações à parte.

Cabe à diretoria da FEM-CUT/SP e dos sindicatos filiados defenderem as reivindicações da categoria na mesa de negociação, argumentando e fundamentando cada ponto, sejam cláusulas econômicas ou sociais, até a construção de propostas que podem se tornar acordos, caso sejam aprovadas em assembleias.

Já as trabalhadoras e trabalhadores precisam estar mobilizados e atentos durante todo o processo de negociação, respaldados e orientados por seus representantes sindicais, ao mesmo tempo em que dão respaldo e apoio aos seus negociadores e, seguindo os procedimentos legais, caso seja necessário, podem realizar paralisações ou até greves.

A FEM-CUT/SP sempre buscou tratar as Campanhas Salariais com muito diálogo, na base de negociações que valorizem as trabalhadoras e os trabalhadores e que respeite as empresas até que possa chegar em propostas de acordos com direitos sociais e econômicos.

O que se vê na Campanha Salarial 2023, infelizmente, é um verdadeiro descaso por parte de alguns representantes das bancadas patronais, que optaram por desrespeitar e descaracterizar a legitimidade desse importante espaço, que é a mesa de negociação coletiva. Essa intransigência, que não reconhece o valor das trabalhadoras e dos trabalhadores, levaram ao desastroso rompimento das negociações neste ano, e claro, não foi aceita e nem tolerada pelas direções da FEM-CUT/SP e dos sindicatos filiados.

Os grupos patronais precisam respeitar a representatividade da FEM-CUT/SP, entender que as entidades sindicais filiadas foram eleitas por milhares de trabalhadoras e trabalhadores estado afora e, por isso, tem legitimidade nas mesas de negociações, como acontece em todos os anos nas Campanhas Salariais.

Os representantes patronais dizem não ser possível chegar no patamar de aumento salarial reivindicado pela categoria, mas os sindicatos em todo o Estado de São Paulo mostram que a realidade é contrária. Com muita organização e mobilização, os dirigentes sindicais realizam negociações com as empresas e, com isso, vêm garantindo inúmeros acordos com o reajuste integral da inflação e aumento real reivindicado pela categoria.

Ora, se as empresas aceitam negociar e ceder o aumento real, a pergunta que fica é: por que as bancadas patronais ainda resistem em avançar nas propostas para atender a categoria?

Esse é o ponto que a direção da FEM-CUT/SP tem defendido nas mesas de negociações e buscado, a todo custo, avançar nas propostas com aumento real e nas Convenções Coletivas de Trabalho. A valorização de todas as metalúrgicas e metalúrgicos da base da entidade só será completa quando as bancadas patronais cederem e aceitarem fechar acordos na mesa de negociação com a FEM-CUT/SP.

Nesse meio tempo, é preciso destacar o importante trabalho dos sindicatos filiados, que seguem resistentes, organizando e mobilizando a categoria. Esse trabalho de base, que teve a chama reacendida nesta Campanha Salarial, deve ser contínuo e intenso, fazendo com que as trabalhadoras e trabalhadores assumam o protagonismo da luta por valorização salarial, ampliação dos direitos e fortalecimento dos seus sindicatos.

A direção da FEM-CUT/SP muito se orgulha de seus dirigentes e dos sindicatos filiados, que não perderam a oportunidade para mostrar a quem duvidou que a força e a capacidade das metalúrgicas e metalúrgicos continuam intactas. A entidade tem a certeza de que esse foi o melhor caminho para chegar à vitória dessa Campanha Salarial.

A direção FEM-CUT/SP

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