Começam as rodadas de negociação com os grupos patronais

A Federação de Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo, a FEM-CUT/SP, realizou a primeira rodada de negociação da “Campanha Salarial 2017: Resistência, Unidade e Luta”. A pauta, que reúne todas as reivindicações da classe trabalhadora, foi entregue ao setor patronal no último dia 4 de julho. Neste primeiro encontro foi realizada a leitura e apresentação dos itens da pauta e também a uma organização prévia das pautas que serão debatidas. “Diante aos ataques que estamos sofrendo, as reivindicações que estão na pauta entregue aos patrões são pela manutenção dos direitos já garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho, independente do que foi decidido pelo Congresso Nacional”, explica Adilson Faustino, o Carpinha, Secretário Geral da FEM-CUT/SP.

Grupo 3

Neste primeiro encontro, representantes patronais de peças, forjaria e parafusos, apontaram que o objetivo desta campanha salarial é fechar um acordo com a FEM-CUT/SP. O grupo 3 está há 3 anos sem assinar uma nova Convenção Coletiva de Trabalho. O setor patronal afirma que seguirá a legislação brasileira, ou seja, aplicará as mudanças da Reforma Trabalhista e também a suspensão da ultratividade, mecanismo utilizado para assegurar a validade de uma convenção coletiva até que uma nova entre em vigor. O Secretário Geral da FEM-CUT/SP, o Carpinha, rebateu com informações de profissionais da área jurídica que rechaçam a reforma trabalhista. “Diversos especialistas já nos alertaram? do grave risco que os direitos trabalhistas correm com a aprovação desta reforma, inclusive, apontando pontos de inconstitucionalidade. Nosso objetivo também é fechar uma nova convenção, que seja de fato moderna e que leve em consideração as necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos”. Para Andrea Sousa, secretária da Mulher da FEM-CUT/SP as “modernizações” defendidas pelos patrões impactam de forma negativa a base. “Essas mudanças, que são tratadas como modernização das leis trabalhistas, são, na verdade, uma precarização das relações de trabalho e muito cara para os trabalhadores e trabalhadoras que estão na base”.

Grupo 8 – 3

Depois da reorganização do grupo 8, Sinafer (ferros, metais e ferramentas), Sianfesp (artefatos de metais não ferrosos) e Simefre (equipamentos ferroviários e rodoviários) são agora o grupo 8-3. Na parte da tarde, na sede da FIESP, a bancada dos trabalhadores se reuniu com os representantes dos 3 sindicatos patronais para debater a pauta. Foi criado um plano de trabalho e estabelecida uma ordem para os debates das cláusulas, sendo a primeira as pré-existentes, posteriormente as cláusulas novas, que são reivindicações do chão de fábrica e por último as cláusulas de “resistência” que tratam sobre a terceirização e reforma trabalhista.

 

Campanha Salarial 2017: Resistência Unidade e Luta

 

A data base da categoria é 1º de Setembro. A FEM-CUT/SP representa aproximadamente 198 mil metalúrgicos/as no Estado de São Paulo. A Campanha Salarial 2017 “Resistência, Unidade e Luta”, traz em sua identidade visual o resgate do Construtivismo Russo, linguagem estética e artística usada durante o período revolucionário russo para dialogar com a população por meio de cartazes e panfletos. Além de homenagear os 100 anos da Revolução Russa, a campanha também celebra os 100 anos da primeira Greve Geral no Brasil. “100 anos depois da Greve Geral de 1917, em 28 de abril de 2017, construímos a maior greve geral da história do Brasil . Em um momento como esse que vivemos, de ataques concretos contra nossos direitos é importante resgatar os diversos momentos de resistência da classe trabalhadora”, explica Luizão.

 

Agência de notícias da  FEM-CUT/SP

Foto: Marina Selerges

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