A Campanha Salarial 2025 entra na reta final com grande vitória para os trabalhadores da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP). Os acordos negociados pela entidade com as bancadas patronais, até o momento, garantiram a reposição integral da inflação e aumento real nos salários, além de importantes direitos contidos na Convenções Coletivas de Trabalho.
No Sifesp (Fundição), Sindratar, Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa), Grupo 8.3 (Sinafer, Simefre e Siamfesp) e Siescomet, graças ao trabalho firme da FEM-CUT/SP, o resultado foi a reposição integral da inflação de 5,05% e 1,29% de aumento real, totalizando 6,4% de aumento salarial.
No Sicetel, além dos 5,05% de reposição da inflação do período de setembro de 2024 a agosto de 2025, os trabalhadores terão 1,09% de aumento real. Nesse grupo, a FEM-CUT/SP já fechou o acordo do ano que vem, quando os metalúrgicos e metalúrgicas têm garantidos a reposição integral da inflação e 1,2% de aumento real.
Tão importante quanto a valorização salarial, são os direitos contidos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), que trazem segurança para os trabalhadores sobre os diversos temas como cláusulas sociais para mulheres (combate ao assédio, apoio à maternidade, igualdade salarial), estabilidade no emprego (especialmente em casos de doença ocupacional), auxílio-educação, e garantia de emprego antes da aposentadoria.
Erick Silva, presidente da entidade, destaca que a conquista não foi de graça. “Foi fruto da atuação firme da FEM-CUT/SP, dos sindicatos filiados e, sobretudo, da mobilização da categoria, que pressionou o patronato até o fechamento de acordos que trouxeram avanços”, diz ele.
O sindicalista aponta também que, além da reposição integral da inflação, o aumento real nos salários é fundamental para valorização dos trabalhadores. “O aumento real é fundamental porque significa crescimento do poder de compra dos trabalhadores e das trabalhadoras. Vai além da simples reposição da inflação: representa colocar mais comida na mesa, garantir lazer, educação, saúde e qualidade de vida para as famílias. É uma vitória que fortalece não apenas a categoria, mas toda a economia local, já que mais renda circula no comércio e nos serviços”.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, fala da importância das CCTs, que têm um papel fundamental para a garantia dos direitos da categoria. “A luta dos metalúrgicos reafirma a importância das Convenções Coletivas de Trabalho, que asseguram direitos fundamentais que não estão garantidos por lei, como pisos salariais diferenciados, auxílio-creche, estabilidade em determinadas situações, proteção em caso de acidentes e conquistas específicas de cada grupo”.
Ele também enfatiza o papel dos sindicatos filiados e da categoria nas negociações. “Mais uma vez, fica evidente: quando a categoria se mobiliza junto dos sindicatos filiados à FEM, a vitória vem. O aumento real conquistado pelos metalúrgicos é a prova de que vale a pena lutar, organizar e resistir em defesa dos direitos e da valorização do trabalho”.
Confira como ficou em cada grupo:
SINDRATAR
6,4% de reajuste salarial: reposição integral da inflação de 5,05% e 1,29% de aumento real
Renovação das cláusulas sociais até 2026
GRUPO 3 (SINDIPEÇAS, SINDIFORJA e SINPA)
6,4% de reajuste salarial: reposição integral da inflação de 5,05% e 1,29% de aumento real
Renovação das cláusulas sociais por 2 anos
GRUPO 8.III (SINAFER, SIMEFRE e SIAMFESP)
6,4% de reajuste salarial: reposição integral da inflação de 5,05% e 1,29% de aumento real
Renovação das cláusulas sociais por 2 anos
SIESCOMET
6,4% de reajuste salarial: reposição integral da inflação de 5,05% e 1,29% de aumento real
Renovação das cláusulas sociais até 2026
SINDICEL
6,2% de reajuste salarial: reposição integral da inflação de 5,05% e 1,09% de aumento real
Renovação das cláusulas sociais por 2 anos
Inflação + 1,2% de aumento real em 2026
A luta continua
A FEM-CUT/SP segue na luta, de maneira firme, para fechar a Campanha Salarial 2025 em todos os grupos patronais. A entidade protocolou aviso de greve no G10, Aeroespacial, Sinien (Estamparia) e Sicetel e aguarda reposta do G2 até o final desta quarta-feira (10).
Nesses grupos, as propostas dos grupos patronais ainda não chegaram ao patamar que atendam as reivindicações da categoria, com reajuste que traga aumento real e com as importantes cláusulas sociais da CCTs.
A direção da entidade segue cobrando e pressionando os grupos para que as negociações avancem e, dessa maneira, toda categoria seja beneficiada na Campanha Salarial 2025.
Fonte: FEM-CUT/SP – Foto: Adonis Guerra/SMABC