Metalúrgicos no Estado cobram Convenção Coletiva, inflação e aumento real

Os 14 sindicatos que compõem a base da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) vão intensificar nesta semana as mobilizações de Campanha Salarial 2019.

 

O presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, explicou que as bancadas patronais insistem em mexer nos pisos salariais. “O que tem consumido bastante tempo das mesas de negociação é a insistência patronal em querer reduzir os pisos. Alegam que o piso é maior em comparação com outras regiões do país. A nossa resposta é bastante simples e objetiva: em São Paulo não é alto, os outros é que têm piso baixo. Não vamos rebaixar piso”, defendeu.

 

A diretoria executiva da FEM/CUT se reuniu na quinta-feira, dia 12, em São Carlos, e definiu pelo aumento da mobilização no Estado de São Paulo. O índice do período pelo INPC foi apurado em 3,28%.

 

O coordenador da Regional de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, contou que além da reposição da inflação e do aumento real, é importante dar ênfase na Convenção Coletiva de Trabalho. “Estamos muito empenhados em manter a Convenção Coletiva e lutar, já que é ela que protege os trabalhadores do que esse governo está fazendo com os direitos trabalhistas. Tem patrão que quer pegar carona nesse governo e acha que pode tudo. Nós trabalhadores temos que fazer o contraponto”, chamou.

 

O coordenador da Regional Diadema, Claudionor Vieira do Nascimento, reforçou que a Convenção Coletiva é imprescindível neste momento. “Com toda a ofensiva para retirar direitos, assinar a Convenção é muito importante para a garantia de condições melhores aos trabalhadores”, disse. “Se depender da vontade da maioria dos patrões, o que passaria a valer no Brasil é a ideia da carteira verde e amarela em que o trabalhador não tem direitos. Isso é para os patrões poderem acumular mais riqueza. Não podemos permitir que essa vontade insaciável dos patrões se sobreponha aos direitos dos trabalhadores”, reforçou.

 

“Muitos empresários contribuíram para que o modelo econômico e político no Brasil fosse esse. E não é culpa dos trabalhadores, é da falta de políticas de desenvolvimento que fortaleçam a indústria nacional e gerem empregos”, convocou.

 

O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, explicou que nas reuniões de Campanha Salarial até agora também foi cobrado dos patrões o cumprimento do seguro de vida conquistado no ano passado. “Esta semana vamos intensificar as assembleias com os trabalhadores na base e chamar para a necessidade de união e mobilização para garantir avanços”, convocou.

 

Campanha 2019

 

A pauta de reivindicações foi entregue aos patrões no dia 4 de julho. O tema da Campanha Salarial este ano é ‘Mais emprego, mais direito e mais salário’.

Os eixos são: reposição integral da inflação mais aumento real; manutenção e a aplicação das Convenções Coletivas; respeito às entidades sindicais; contra o fim das NRs (Normas Regulamentadoras) e redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

 

Negociações por bancadas patronais

 

Pauta cheia

(negociação das cláusulas econômicas e sociais)

Grupo 8.2 (Sicetel e Siescomet)

Grupo 8.3 (Sinafer, Simefre e Siamfesp)

Estamparia

Grupo 10 (Fiesp e outros)

 

Pauta parcial

(negociação das cláusulas econômicas)

Grupos que assinaram a Convenção Coletiva, em 2018, com validade por dois anos:

Grupo 2 (Sindimaq e Sinaees)

Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa)

Sindratar

Sindicel

Fundição

 

Fonte: SMABC

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