Em tempos de reforma trabalhista e ameaças a Previdência Social e ao direito de aposentadoria do trabalhador brasileiro, a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo, a FEM-CUT/SP, se reuniu nessa quinta-feira (16), na sede da entidade em São Bernardo do Campo/ SP, com a bancada do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) para mais uma rodada de negociação da Campanha Salarial 2018. Entre outros temas, a cláusula que dá garantias aos trabalhadores/as em vias de aposentadoria foi debatida entre as partes.
Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP relembra que esta cláusula foi inserida na Convenção Coletiva da categoria quando havia apenas a aposentadoria por tempo de contribuição. “Hoje existe regra 85/95, fator previdenciário entre outras modalidades, o que acaba dificultando a interpretação da cláusula e prejudicando o trabalhador”, explicou. “O patronal deseja acabar com esse direito, mas o que estamos defendendo é a adaptação para os dias de hoje”, afirmou o dirigente.
As negociações continuam nas próximas semanas. “Continuaremos a debater este tema até que seja assegurado ao trabalhador o seu direito. Não podemos admitir que as empresas demitam trabalhadores faltando pouco tempo para se aposentar, o colocando em uma situação que fica impossível a aquisição deste benefício, já que o trabalhador com idade entre 45 e 50 anos não consegue mais emprego”, finalizou Luizão.
Campanha Salarial 2018
Relembrando a trajetória do golpe até a concretização da retirada de direitos, que envolveu agentes políticos, como o Congresso Nacional, o Poder Executivo e alguns empresários, a identidade visual da campanha traz consigo o fortalecimento dos Sindicatos como saída para a atual conjuntura: “Se você acha que o Sindicato pode fazer mais, faça com a gente!”. A FEM-CUT/SP representa aproximadamente 194 mil metalúrgicos no estado. A data base é 1º de setembro.
Agência de notícias da FEM-CUT/SP – Foto: Adonis Guerra/ SMABC
